Passam 20 anos sobre a data da inauguração da Exposição Mundial que se realizou em Lisboa, a EXPO 98, e cujo tema foi “o futuro dos Oceanos”. A exposição registou 10 milhões de visitantes e um investimento concentrado nunca visto em Portugal. Hoje, toda a área da EXPO 98 transformou-se no Parque das Nações, onde cresceu uma nova cidade, dentro da cidade de Lisboa.
Tudo o que foi inaugurado há 20 anos foi feito a pensar no futuro e, por isso, todas as infraestruturas estão ao serviço das pessoas, juntamente com todos os equipamentos entretanto edificados.
A EXPO 98 obrigou à construção de uma nova ponte sobre o rio Tejo com quase 18 quilómetros de comprimento, de terminais rodo e ferroviários, alargamento da rede do metropolitano, acessibilidades e parqueamentos e, acima de tudo, a despoluição de toda a área oriental de Lisboa.
Hoje, o Parque das Nações é uma zona de residência, de serviços, de cultura, de lazer, reunindo o melhor que se pode imaginar para se viver. Há 20 anos, toda a zona estava despovoada e abandonada. Hoje, é uma das zonas mais caras de Lisboa, onde se concentram os pavilhões da Feira Internacional de Lisboa, auditórios, escolas, hospitais, museus, teatro, casino, marina de recreio para 400 embarcações, teleférico ao longo do rio e toda uma série de obras de ocupação do solo até ao limite.
Hoje, o Parque das Nações é uma zona de residência, de serviços, de cultura, de lazer, reunindo o melhor que se pode imaginar para se viver.
Comparativamente, 6 anos antes, a EXPO 92 de Sevilha, recebeu 41 milhões de visitantes e com o objetivo de colocar a cidade no mapa internacional. Muitas coisas foram feitas e que são essenciais nos dias de hoje, como a estrada de circunvalação SE-30 e a ligação do trajeto de Alta Velocidade ferroviária Madrid-Sevilha.
O recinto da Cartuja foi reconvertido num Parque Científico e Tecnológico, foram construídos edifícios de utilidade pública e espaços para a prática desportiva e de lazer. Mas, tantos anos passados e ao contrário de Lisboa, ainda há muitas áreas abandonadas sendo até visível o mau estado de conservação de alguns equipamentos construídos.
A EXPO 92, que transformou Sevilha, não teve continuidade. A EXPO 98, que transformou Lisboa, não só contribuiu para dinamizar a cidade como contribuiu para dar o arranque à modernização de um País.
(Jorge Passarinho é jornalista).