martes, 19 marzo, 2024
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Dívida portuguesa mais apetecível ao investimento

A dívida pública portuguesa continua a merecer as maiores atenções por parte dos diversos agentes económicos, ao ponto de terem sugerido aos investidores que troquem dívida espanhola por dívida portuguesa.

Lisboa.-

A dívida pública portuguesa continua a merecer as maiores atenções por parte dos diversos agentes económicos, ao ponto de terem sugerido aos investidores que troquem dívida espanhola por dívida portuguesa.

Jorge Passarinho
Jorge Passarinho

Após as eleições em Portugal, de 6 de outubro, os juros da República Portuguesa baixaram em comparação com a taxa de Espanha. Segundo a agência Bloomberg há mesmo bancos internacionais, como são os casos do Barclays e do Citi, a sugerirem aos seus clientes forte investimento na dívida portuguesa.

As agências de notação financeira também estão atentas e manifestam confiança na consolidação orçamental em curso. Todas sem exceção fizeram uma leitura tranquila das recentes eleições legislativas em Portugal.

Pelo contrário, em Espanha há grandes receios que volte a não se conseguir a viabilização de novo Governo nas eleições de 10 de novembro. Os juros da dívida espanhola já refletem isso mesmo, com a yeld a 10 anos na casa dos 1,31%, ao passo que em Portugal se situa nos 1,28%, com tendência para baixar.


Pelo contrário, em Espanha há grandes receios que volte a não se conseguir a viabilização de novo Governo nas eleições de 10 de novembro.


REALIDADE IMPENSÁVEL

Esta realidade era impensável há poucos anos atrás, quando Portugal, intervencionado pela Troika, pagava juros acima dos 10% e a Espanha beneficiava da confiança dos investidores internacionais. Mas quando a classe política olha mais para os interesses do partido do que do País, os resultados são estes.

As recentes eleições em Portugal foram vistas como pacíficas, refletindo tudo o que já se esperava. A primeira preocupação será manter a estabilidade política para que a confiança dos mercados se mantenha em níveis elevados. E curiosamente essa preocupação é visível em todo o espectro partidário, desde a esquerda até à direita.


Quando a classe política (espanhola) olha mais para os interesses do partido do que do País, os resultados são estes.


Mais curioso ainda foi o resultado de uma sondagem recente, efetuada junto do eleitorado de direita, em que se perguntava qual o político mais apreciado e capaz de defender os seus interesses. O resultado foi surpreendente, uma vez que o político que recebeu os maiores apoios e elogios foi o atual ministro das Finanças do governo socialista e presidente do Euro Grupo, Mário Centeno.

(Jorge Passarinho é jornalista).

SOBRE O AUTOR

Jorge Passarinho, uno de los mejores periodistas portugueses, nuevo colaborador de PROPRONews

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